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Eu, mulher

  • Foto do escritor: carolinapessoajorn
    carolinapessoajorn
  • 14 de abr. de 2023
  • 1 min de leitura

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Eu, mulher

Incorporo o canto de gerações na voz

Que gritam, protestam

E entoam toda uma ancestralidade

FORTE


Eu, mulher

Escrevo como escravas, mães, negras, domésticas

Que reivindicam o próprio corpo

Que choram

Não querem ser: MORTAS


Eu, mulher

Cuido, limpo, trabalho, organizo

Corro, resgato

E digo: NÃO É NÃO!


Eu, mulher

Tô sempre devendo uma coisa para mim mesma

Tô sempre na luta, com chuva ou sol, QUE SEJA


Eu, mulher

Carrego um pouco de loucura,

Um pouco de ternura

E até mesmo, ÓDIO


Eu, mulher

Sangro no corpo,

e também, na ALMA


Eu, mulher

Despida,

Nua

VIVO!


Eu, mulher, carrego um cartaz na mão,

E um lombo nas costas

Com a frase, quase uma sentença

EXIJO EXISTIR!




((Esse texto é de autoria da escritora e jornalista Carolina Pessôa. Mais informações no site www.carolinapessoa.com.br e no insta @carolinapessoa25))

 
 
 

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