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Eu gosto de Legião Urbana


Eu gosto de Legião Urbana.


Com toda a pieguice do Renato Russo. Com as melodias melancólicas das letras e canções. Com os altos e baixos dos diversos álbuns.


Eu gosto de Legião Urbana desde pré-adolescente. Com toda minha juventude imatura. Com toda minha sede de perceber o mundo. Com todos os meus altos e baixos.


Eu gosto de Legião Urbana porque meus irmãos ouviam. E eu gostava de acordar ao meio dia ouvindo A Tempestade, pra mim o melhor disco (será que sou depressiva?).


E porque a sinceridade de um ariano alcançava o coração infantil de uma sagitariana.


Eu gosto de Legião Urbana porque me acompanhou nos desencantos amorosos. Porque me senti quebrada em Mil Pedaços, como até hoje na minha música preferida.


Porque me ensinou que é importante não fazermos do amor algo desonesto.


Eu gosto de Legião Urbana porque no fundo me traz uma esperança. Porque me dá vontade de escrever com Giz minha história. Viver um romance como Eduardo e Mônica. E ir pra Salvador, como um Faroeste Caboclo.


Porque me lembro do meu amigo que morreu aos dezesseis e choro.


Porque quase me afogo, em um dia de vento no litoral.


Porque o tempo às vezes parece perdido.


Porque marcou minha vida em cada parte, me fez querer fazer arte. Ser escritora.


Eu gosto porque me lembra meus pais. E me desperta a vontade de ter filhos. Eu gosto porque me faz triste, mas ao mesmo tempo, viva.


Eu gosto de Legião Urbana porque, meu amor, meu coração é pobre, e “quando o teu estava comigo era tão bom”...


Eu gosto porque me ajuda a traduzir em palavras o que sinto por você, mas não deveria.


Acima de tudo, amor... eu gosto de Legião Urbana porque me lembra de mim mesma, uma menina, tentando entender a vilania do mundo.

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