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Os sonhos mudam

  • Foto do escritor: carolinapessoajorn
    carolinapessoajorn
  • 3 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

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Desde pequena sonhava em ser bailarina. Dessas que dançam em grandes companhias, ganham prêmios, e dão entrevistas. Para a realização do projeto, treinava todos os dias. Era incansável em seus passos e piruetas. Ensaiva, e ensaiava, e ensaiava…


Até que com apenas dezoito anos entrou para o corpo de baile de um grande grupo. A família era só orgulho. E Clarice, pura vaidade. Amava os elogios, os aplausos e, principalmente, as luzes do palco.


Mas depois de cinco anos fazendo o trabalho, começou a se sentir cansada. Os ensaios pareciam cada vez mais exaurir seu corpo, já abatido por vários machucados e lesões. As cobranças começaram a gerar ansiedade. E o relacionamento com os colegas naufragava em meio à competitividade e picuinhas.


Começou então a refletir sobre até onde isso iria. Em mais algum tempo chegaria aos 30 e ainda não tinha namorado, casa própria, e sequer poderia sonhar com filhos, com aquela rotina corrida que possuía.


Clarice começou a perceber que aquele sonho não poderia ser tudo em sua vida. Que precisava virar essa chave. Só assim, teria espaço para se dedicar a outras tarefas e atividades.


Começou então a estudar para o vestibular de algo que sempre gostou, mas nunca teve tempo para se dedicar: direito. E, com isso, seus sonhos se transformaram. Pensava em ajudar os mais humildes, tornar-se uma defensora pública.


E os anos foram passando, passando. Até que, pouco a pouco, passo por passo, ela começou a reconstruir seu caminho. E pensou: “sonhos não são para sempre”.

E como no balé, dançou lindamente por esse espetáculo maravilhoso que se chama: VIDA!


((Esse texto é dedicado a todas as mulheres que tiveram a coragem de mudar de ideia))




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